Fazenda Mulungu Vermelho | PROMOÇÃO

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É a antiga Fazenda São Francisco, construída em 1831. Preserva um antiga lavoura de café com as características originais da época de sua construção.

Reformada pelos novos proprietários em 1988 a Mulungu Vermelho, além de preservar as características históricas e sua beleza arquitetônica, agora conta com boa infraestrutura de hospedagem e lazer. Oferecem aos hóspedes: Sauna, piscina, churrasqueira, forno para pizzas, salas de jantar e estar com televisão, play-ground para a criançada, lago, casinha de bonecas, espaço para caminhadas e suítes com frigobar e TV.

A origem desta fazenda remonta ao princípio do século XIX, quando suas terras foram doadas, através do
sistema de sesmaria, ao capitão Antônio Luiz do Santos e sua mulher, quando de sua morte em 1825 um de seus sete filhos, Francisco Luiz, recebeu de herança as terras que deram origem à Fazenda São Francisco, hoje denominada Mulungu Vermelho (RAMOS, 1941).
Pelo que consta, o solar de São Francisco foi construído por volta de 1831, na primeira fase do café no Vale
do Paraíba e, com pouco tempo de lavoura, a fazenda da qual era sede tornou-se uma das mais prósperas
de Vassouras. Tudo isso facilitado pela abertura, em 1816, da importante e pioneira estrada do Comércio,
que cortou as fazendas dos irmãos Santos Werneck de ponta a ponta, trazendo-lhes grandes vantagens no
transporte do café para os portos da baixada e dai aos do Rio de Janeiro e, finalmente, para a Europa. Por esta
mesma estrada virão os primeiros requintes da Corte do Rio de Janeiro, transformando as sedes das fazendas
cafeeiras em verdadeiros palacetes rurais, que nada deviam às residências mais luxuosas da Capital do recém criado
Império do Brasil (LENHARO,1993).
Em meados do século XIX, quando a produção de café no Vale do Paraíba atinge seu apogeu, São Francisco
é uma das mais ricas do vale do ribeirão Florência (hoje conhecido como rio Alegre), produzindo, além do café,
cereais. Trabalhavam em seus cafezais cerca de 111 escravos, em um número aproximado de 280 mil pés de
café, como podemos observar em inventários da fazenda.
O tempo passou e os fazendeiros despreparados quanto ao uso da terra, acabaram por esgotá-la, sendo a
decadência da cultura do café inevitável. O comendador Francisco Luiz dos Santos Werneck não viveu para ver
a derrocada de sua fazenda, falecendo em 18711
, quando o café começava dar sinais de declínio. Sua viúva, D.
Maria Francisca das Chagas Werneck, com quem teve três filhos, faleceu em 2 de julho de 1886. Nesta ocasião
trabalhavam na fazenda 55 escravos2
e suas terras estavam assim distribuídas: seis alqueires geométricos com
mata, 80 em capoeira e 34 com 235 mil pés de café.
Por herança, a fazenda São Francisco e os sítios anexos couberam à filha Zeferina Adelaide das Chagas
Werneck, a qual se encontrava viúva do capitão João Barbosa dos Santos Werneck, desde 1875 (ALEGRIO,
2008). Em 1891, achando-se doente, D. Zeferina resolveu fazer a partilha entre vivos de seus bens e transferiu
São Francisco a seu filho Joaquim Barbosa dos Santos Werneck3
.
Por volta de 1903, Joaquim se desfaz da fazenda, então com seus 117 alqueires geométricos, constando com
os sítios “Velho” e “Pao Ferro”, vendendo-a aos recém-casados Fortunato Delgado Motta e Gabriela Messias
Delgado Motta4. Vindo do município de Lima Duarte - (MG), este casal iniciou um novo ciclo na história de São
Francisco, a do gado de leite, sem, no entanto, abandonar a tradicional cultura do café, cultivado na fazenda
até meados da década de 1940. Algum tempo depois adquirem as fazendas vizinhas de “Cima” (São Luiz),
Cachoeira Bonita e “Dr. Reis” (São José).
Fortunato era um homem simples e muito respeitado por seus 11 filhos, tidos com sua amada esposa D.
Gabriela Messias, filha de João Evangelista de Almeida Ramos e Mariana Evangelista Duque, barões de Santa
Bárbara do Monte Verde.
Sinhá Gabriela, como era carinhosamente chamada pelos criados da fazenda, faleceu em 1935, e Fortunato
viveu ainda muito tempo no estado de viúvo. Em 1947, falece Fortunato e São Francisco é dividida entre seus
herdeiros, a saber: Maria (Nicota), Militão, Judithe, Mariana (Neném, falecida ainda jovem), Maria José, Jayme
(Zezé), Geraldo, Francisco, Thereza, Ana (Anita) e Fortunato. Suas terras são fracionadas e a antiga sede, com
uma área de terras reduzida, é vendida a um consórcio entre Carmem Lahmeyer Duval e seu marido Carlos
Afonso Ferraz Duval com Selma Ferreira da Silva. O tempo em que o casal Duval ficou na fazenda foi suficiente
para promover a recuperação do solar, que se encontrava em adiantado estado de deterioração5
.
Por fim, a fazenda foi adquirida, em 1988, por Simone Marques Coimbra Pio da Fonseca, já com o nome de
Mulungu Vermelho.

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